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ATFPM DIRECÇÃO -
JOSÉ PEREIRA COUTINHO
Deputado à Assembleia Legislativa e Presidente da Direcção da ATFPM
ATFPM Traimestral
REFORMA DO SISTEMA POLÍTICO DA RAEM
ATFPM dá o exemplo
A SEDE da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau foi o palco privilegiado, na passada quarta-feira, para que a população pudesse manifestar o seu ponto de vista sobre a democratização do sistema político da RAEM.
«Os deputados nomeados e aqueles que são eleitos pelos sufrágios, directo e indirecto, são, na sua maioria, “comerciantes”. Por isso, não vão largar a Assembleia Legislativa com facilidade. No Governo também há empresários! Portanto, com toda a franqueza, por enquanto “eles” não vão fazer alguma coisa para alterar o sistema [político]», referiu António Carion.
«Em termos do colégio eleitoral [para a eleição do Chefe do Executivo], como são os 300 escolhidos? Podemos alterar para 600 ou para mil, que nada vai mudar. Não é o número de pessoas que fazem parte do colégio, é a maneira como são escolhidas», disse ainda, à margem do Colóquio sobre a Direcção do Sistema Político e Recolha das Opiniões.
Para Lurdes Ferreira deveriam ser eleitos mais seis deputados pelo sufrágio directo universal e acabar os nomeados: «O sistema [político] tem que ser alterado 360 graus. Por exemplo, os secretários [do Executivo] devem mudar de cinco em cinco anos».
Os mais jovens também tiveram oportunidade de expressar as suas opiniões: «Precisamos de aumentar os assentos dos deputados eleitos pela via directa e diminuir os nomeados. Há lugar para a mudança, porque o Poder Central está a apoiar esta reforma política. Penso que é bom para o futuro das gentes de Macau», disse Susana Si, de 24 anos, em bom português.
O presidente da ATFPM, José Pereira Coutinho, perante uma plateia composta por cerca de 80 pessoas, sendo da opinião que os deputados eleitos pela via directa deveriam aumentar de 12 para 16, defendeu também a diminuição, na mesma proporção, no número de nomeados, de sete para três. Quanto aos eleitos indirectamente, devem manter o mesmo número de lugares. Já quanto à comissão eleitoral – salientou, – o número deveria subir para o dobro, ou seja, para 600.
P.D.O.
Clarim 13 de Janeiro de 2012
