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Como os chineses sabem adaptar-se a Portugal

 

Jornal Tribuna de Macau      7 Nov 2011

 

Que a China é um caso de sucesso na economia mundial, é mais do que sabido. Nas últimas três décadas, a taxa de crescimento anual tem rondado os 10%, o que significa uma duplicação da riqueza a cada sete anos. Por isso, desde 2010, a China é já a segunda potência económica do planeta, ameaçando a médio prazo os Estados Unidos, a fim de recuperar um estatuto de número um que foi seu até ao início do século XIX. Ora, grande parte do sucesso do país tem que ver com a ética do trabalho que caracteriza as sociedades confucionistas, assim como com a capacidade de adaptação dos chineses. E essa capacidade de adaptação manifesta-se também nas suas comunidades espalhadas pelo mundo, reconhecidas tanto pela iniciativa empresarial como, num segundo momento, pelo sucesso educacional. Em Portugal, onde se calcula vivam 20 mil chineses, o padrão é o mesmo.


Primeiro foram os restaurantes, depois as “lojas dos 300”. Mas assim que esses negócios deixaram de dar resultados, os empresários chineses em Portugal procuraram outras áreas. E as frutarias parecem ser agora a grande aposta. O que não significa que um dia destes, se a oportunidade surgir, a comunidade chinesa não se aventure em novos negócios. E pelo caminho, as novas gerações, muitas vezes já nascidas em Portugal, vão estudando e com resultados académicos que em regra estão acima da média, fruto do apego à cultura por parte do seu povo.
Do ponto de vista de Portugal, o sucesso de uma comunidade imigrante é sempre positivo. Mas vale também a pena aprender algumas lições com os chineses que escolheram cá viver. Em tempo de crise económica aguda, quando nada pode ser dado como adquirido, a sua capacidade de adaptação deveria servir de exemplo para todos.

 

JTM/DN

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