NOTÍCIAS Pag. Principal >> NOTÍCIAS

Há quem “nada ou pouco faça em matéria de ambiente”

 

 

Hoje Macau   16 Mar 2011

 

Pereira Coutinho acusa Governo de falta de leis de protecção ambiental

 

José Pereira Coutinho acusa o Governo de não ter uma legislação eficaz no que diz respeito ao meio ambiente. O deputado e presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) questiona as autoridades da RAEM sobre qual a necessidade de se “permitir apenas importação de veículos de tecnologia de ponta, se depois nada se faz para os manter ambientalmente eficientes.”
Salientando a constante contribuição do efeito de estufa para as alterações climáticas, derretimento das calotes polares e subida do nível das águas do mar, transformações resultantes do lançamento de gases poluentes provenientes da queima de combustíveis fósseis, o deputado critica os diplomas de Macau.
Como explica, a legislação acolhe medidas que incidem apenas no controlo de emissão de gases para efeitos de importação, deixando de fora normas que incluam a sua deterioração à medida em que são utilizados. “Nem fixam níveis de emissão no momento da importação, tendo apenas definida a proibição de importação de veículos que não estejam preparados para gasolina sem chumbo”, acrescenta Coutinho.
José Pereira Coutinho mencionou ainda as irregularidades do Terminal de Ka-Hó e considerou que o sistema de transportes de combustíveis entre Hong Kong e Macau não permite “um transporte e utilização de combustível limpo.”
O deputado diz também que o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) e a Direcção para os Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) “pouco ou nada fazem” e se limitam a ser “complacentes” nas irregularidades relacionadas com o ambiente. “O IACM permite níveis inaceitáveis de gases poluentes dos carros velhos”, considera Pereira Coutinho, acrescentando que a “DSPA utiliza uma maquilhagem externa” para mostrar serviço.
A interpelação escrita de Pereira Coutinho sobre o meio ambiente, foi enviada em Novembro passado ao Chefe do Executivo. Na resposta, enviada o mês passado, o Governo admitiu que os gases emitidos pelos veículos motorizados são as principais fontes de poluição atmosférica no território, mas salientou que está a reforçar o método de controlo deste tipo de poluição, instaurando normas para a diminuição na emissão de gases e introduzindo eco-veículos e combustíveis limpos.
O IACM afirma que solicitou estudos sobre os gases poluentes ao Instituto de Geoquímica de Guangzhou e técnicas de controlo de gases poluentes à Universidade de Tsinghua, em Pequim.
Já a DSPA diz estar a fazer estudos para eliminar os carros velhos, que “são altamente poluidores” estar a efectuar inspecções mensais, onde recolhe amostras da quantidade de chumbo nos combustíveis, acrescentando ter aumentado os aparelhos e o pessoal formado para as inspecções, recentemente.
A entidade diz também estar a rever o regulamento administrativo que proíbe determinados números na emissão de gases poluentes e que pretende ainda este ano lançar a revisão desse diploma.
Pereira Coutinho, no entanto, acusa estes serviços de “gastos sumptuosos” e interpela à administração quando serão “assacadas as devidas responsabilidades destes serviços públicos que nada ou pouco fazem em matéria de protecção ambiental.”
O deputado continua com dúvidas sobre estas matérias e lança novas questões ao Governo da RAEM, por exemplo, se não se deverá legislar com mais detalhe em matéria ambiental e não deverá ser melhor definida a qualidade do combustível do território.

*
*
*
Conseguiu carregar os documentos
*
Conseguiu carregar os documentos