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JOSÉ PEREIRA COUTINHO

Deputado à Assembleia Legislativa e Presidente da Direcção da ATFPM

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IAOD do Deputado Che Sai Wang em 18.04.2024

 

Cooperação multilateral para reprimir o bullying escolar, e proteger e promover o crescimento saudável dos jovens

 

O bullying escolar é um acto agressivo que ocorre dentro e fora da escola, pode causar danos físicos e psicológicos às vítimas, e as suas formas mais comuns são: bullying físico, emocional ou psicológico. Os promotores do bullying escolar podem ser indivíduos ou grupos. Com a mudança dos tempos e do ambiente e o desenvolvimento da tecnologia, o bullying escolar tornou-se mais oculto e mais diversificado. O bullying escolar não acontece apenas nas escolas, pois pode acontecer fora delas e até na Internet.

 

Recentemente, registou-se, na província de Hebei, um caso de bullying que envolveu três estudantes do ensino secundário que acabaram por matar o colega, caso que despertou a atenção da sociedade. De facto, em todo o mundo, o bullying escolar já se tornou um “cancro” comum nas escolas de todos os países e não é apenas um problema escolar, mas uma questão da delinquência juvenil. Segundo os dados divulgados pela UNESCO em 2017, anualmente, cerca de 246 milhões de crianças e adolescentes sofrem bullying nas escolas, o que equivale a cerca de 1 em cada 3 alunos.

 

O nosso Gabinete recebe muitas vezes pedidos de ajuda de pais de alunos, que afirmam que os seus filhos foram vítimas de insultos, actos discriminatórios e até agressões físicas praticadas por colegas durante as aulas. Houve alguns casos extremos em que os alunos foram vítimas de bullying colectivo orientado por professores. Segundo as pessoas que pediram apoio, os seus filhos, depois de sofrerem bullying, passaram a ter problemas psicológicos, como, perda de autoconfiança e de “auto-estima”, depressão, entre outros, e, posteriormente, até determinados sintomas físicos. O pior é que passaram também a ter tendência para o suicídio, e alguns até tentaram suicidar-se várias vezes. O bullying nas escolas não causa só danos corporais aos alunos ofendidos, mas também psicológicos. Mais, estes danos são longos e provocam influências negativas, levando até a vítima a ter de se sujeitar, ao longo da sua vida, a tratamento médico.

 

A Escola é o “paraíso” das pessoas que procuram sabedoria, é o lugar ideal para os “exploradores” de conhecimentos e é um “pavilhão” para os conhecimentos cívicos. Com vista a salvaguardar a sua pureza, a criar um ambiente seguro e harmonioso e a permitir que os alunos aprendam e cresçam com alegria, apresento as seguintes sugestões:

 

As autoridades devem ter uma atitude de “tolerância zero” em relação aos casos de bullying nas escolas, elaborando leis e regulamentos específicos para constranger estes actos inadequados, para estes crimes praticados por menores serem regulados por lei. A DSEJ deve apoiar as escolas, de várias formas, na implementação de políticas de prevenção e tratamento dos casos de bullying, nomeadamente, através de uma educação moral diversificada e formação de docentes, entre outras formas, para aumentar a consciência dos alunos e do pessoal escolar em combater os casos de bullying, bem como incutir os respectivos valores correctos. Ao mesmo tempo, as escolas devem elaborar um manual para o tratamento dos casos de bullying, introduzir medidas de intervenção oportunas, canais de denúncia seguros e procedimentos claros, e definir programas de assistência de forma abrangente.

 

As famílias e os encarregados de educação devem criar uma boa atmosfera de comunicação com os seus educandos, cultivando nos alunos uma psicologia saudável e uma boa capacidade emocional e social, sob um ambiente de igualdade e amor mútuo. Mais, há que incutir junto dos alunos o primado da lei, os valores da vida e a segurança escolar, e orientar os alunos para enfrentarem o bullying de forma científica, procurando ajuda de forma activa, e não serem “ovelhas silenciosas” nem espectadores silenciosos.

 

Há que salvaguardar, portanto, a harmonia e a tranquilidade escolar, e o percurso do crescimento saudável dos alunos tem de ser defendido com os esforços conjuntos das famílias, da escola e da sociedade!

 

 

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