NOTA À IMPRENSA

Assunto: Visita à Direcção da Escola Portuguesa de Macau no âmbito da auscultação de opiniões a instituições de matriz portuguesa na RAEM

A Presidente do Conselho Regional da Ásia e Oceânia do Conselho das Comunidades Portuguesas, Rita Santos, acompanhada pelo seu assessor, Rui Marcelo, foram recebidos pelo Presidente da direcção da Escola Portuguesa de Macau, Manuel Machado, no dia 16 de Junho de 2022, para uma reunião de esclarecimento e actualização das actividades da EPM, bem como das suas futuras aspirações, e objectivos, no âmbito do processo de auscultação de opiniões a instituições de matriz Portuguesa, na RAEM, que possam ser transmitidas no decorrer das reuniões de trabalho que a Conselheira das Comunidades Portuguesas, Comendadora Rita Santos, irá manter no dia 23 de Junho do corrente ano, através de videoconferência, entre o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo e os membros do Conselho Regional da Ásia e Oceânia do Conselho das Comunidades Portuguesas, e entre 4 a 19 de Julho, na visita a Lisboa, à reunião anual do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CP-CCP), a ter lugar na Assembleia da República, onde irá manter contactos com várias autoridades governamentais. 

Nesta reunião, o Director da EPM teve a oportunidade de fazer uma breve apresentação das actividades desta instituição de prestígio de ensino, na Região Administrativa e Especial de Macau, onde foram destacados, os vários vectores da sua intervenção, complementados por um histórico ilustrativo.

Constatados os bons resultados escolares que esta instituição de ensino de matriz Portuguesa tem apresentado nos últimos anos, e um aumento significativo na procura de inscrição de alunos, principalmente no último biénio, é evidente que foram aumentando as dificuldades com as limitações de espaço, um problema que se vem acentuando ao longo dos anos, representando um enorme desafio para a garantia de condições condignas às actividades escolares dos alunos, bem como à qualidade do ensino, embora a direcção da escola tenha envidado todos os esforços para que estas condições não fossem minimamente afectadas.

Neste contexto, a manutenção da qualidade do ensino, também se assegura através da colmatação do preenchimento atempado das vagas de docentes especializados, cuja substituição não pode ser assegurada por recursos locais, um desiderato que se tornou impraticável com o início das regras de confinamento, devido à pandemia da COVID-19, que exigiu que a EPM, num processo pioneiro de entre as escolas portuguesas, se tivesse adaptado rapidamente ao ensino online. Daí que, o director da EPM tenha aproveitado para saudar a recente a alteração das regras de confinamento, e de entrada a portugueses não residentes em Macau, que veio possibilitar o contacto para contratação de docentes para substituição de quadros que se ausentaram devido a compromissos pessoais.

O aumento do número de estudantes, revela também nos seus dados um acréscimo de interesse de estudantes de língua materna não portuguesa, por esta instituição educativa, que, apesar do seu núcleo curricular português, reforça a realização do seu propósito enquanto plataforma de promoção do ensino da língua portuguesa, favorecendo os traços diferenciadores de uma cultura multissecular de povos de diversas partes do mundo, em especial de Portugal e da China, sendo de destacar o seu papel na formação do ensino secundário para acesso às instituições de ensino superior, em Portugal e no estrangeiro, bem como a acesso ao ensino superior em Macau, permitindo uma normal inserção no mundo do trabalho e na sociedade local.

Para além do reforço do ensino da aprendizagem da Língua Portuguesa para alunos cuja primeira língua falada não é o português, na forte aposta do ensino outras línguas, nomeadamente a chinesa (putonhua) e a inglesa, respondendo aos desafios de intercâmbio cultural e de valorização do conhecimento, potenciados pelo uso das tecnologias de informação, no processo de ensino, é importante também sublinhar o intercâmbio que a EPM mantém com as escolas locais para o reconhecimento de habilitações do ensino secundário.

Gabinete do Conselho das Comunidades Portuguesas no Círculo China, Macau e Hong Kong, aos 21 de Junho de 2022.