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JOSÉ PEREIRA COUTINHO

Deputado à Assembleia Legislativa e Presidente da Direcção da ATFPM

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INTERVENÇÃO ANTES DA ORDEM DO DIA

"O crónico problema com a Diversificação Económica de Macau (DEM)"

 

 

Antes de mais e de acordo com as informações divulgadas no dia 18 do corrente pelos SMG, muitos cidadãos "dormiram descansados" por terem sido informados da suposta vinda de uma "tempestade tropical" com possibilidades "moderadas" de T8. Contudo foram acordados de madrugada sobressaltados com um Tufão violento, fortíssimas rajadas ruidoras, vidros de carros quebrados por janelas "voadoras" árvores caídas e ambulâncias a funcionar pela noite fora.

 

Enfim, é preciso muita paciência para aturar tanta incompetência na divulgação de informação meteorológica numa cidade que o Governo quer que seja inteligente.

 

Nos últimos vinte anos, os responsáveis máximos pelas actividades económicas estiveram praticamente "deitados à sombra da bananeira" governando em "piloto automático" à custa dos vistos individuais que encheram de "dinheiro" os cofres públicos.

 

Se isto não bastasse, foram esbanjados fortunas do erário público" em obras "megalómanas" autênticos "elefantes brancos" uma "dor de cabeça" ao actual Chefe do Executivo para controlar os elevados custos com gestão e manutenção e que ninguém no sector privado está interessado em desenvolver a não ser por via de subsidiação como está a acontecer com a exploração dos autocarros.

 

O despesismo, a opacidade na aquisição de bens e serviços, a viciação nos cadernos de encargos nos concursos das empreitadas e construções públicas, os gastos supérfluos (10 mil milhões de patacas em estudos e relatórios gastos nos últimos 5 anos na maioria sem publicitação). São problemas que o CE terá de lidar com "firmeza" custe o que custar.

 

A época das "vacas gordas" é hoje uma "miragem" face ao surgimento do Covid-19.

 

Recordamos, que ao longo dos vinte anos foram tantos, os constantes apelos à necessidade de apoiar e elevar a capacidade técnica na diversificação da nossa indústria de produção de bens de consumo (fabricação) e posteriormente diversificar efectivamente as actividades económicas da RAEM.

 

Nestes vinte anos e através de dezenas de fundos públicos foram injectadas somas astronómicas em actividades de natureza diversa sem resultados satisfatórios em relação à continua dependência do dinheiro dos contribuintes.

 

Para melhorar o actual modelo de actividades económicas quase totalmente dependente dos "vistos individuais" e da "indústria dos casinos, a RAEM terá de aumentar a sua competitividade em matéria de recursos humanos, selecionar criteriosamente os apoios a conceder às PME que dêem garantias de médio prazo podem ser autossubsistentes, combater a concorrência desleal entre as associações e as PME em diversas actividades económicas, desburocratizar e agilizar a máquina administrativa para ajudar os cidadãos a resolver os seus problemas.

 

 

Muitos Obrigado!

 

 

O Deputado à Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau aos 20 de Agosto de 2020.

 

 

José Pereira Coutinho

 

 

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